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Quem são as empresas no Piloto da Reforma Tributária-CBS?

Criado por: Ramon Carvalho

A importância do projeto piloto

A Reforma Tributária do Consumo (RTC) prevê a criação da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), um tributo que unificará parte dos atuais impostos federais incidentes sobre o consumo. Antes da entrada em vigor definitiva, a Receita Federal, em parceria com o Serpro, iniciou o Piloto RTC–CBS, um ambiente controlado de testes que permitirá às empresas validar sistemas, apontar ajustes e apoiar o aprimoramento das soluções tecnológicas que sustentarão a CBS.

O piloto tem duração prevista até 31 de dezembro de 2026 e poderá incluir até 500 empresas, selecionadas por critérios técnicos e institucionais. Essas organizações, ao participarem, não apenas contribuem para a estabilidade do modelo, mas também ganham protagonismo no processo de transição tributária mais relevante das últimas décadas.

O perfil das empresas participantes

1º Grupo (junho/2025) – 50 empresas

O primeiro grupo, publicado no DOU em 27/06/2025, trouxe um recorte diversificado:

  • Tecnologia e software: Oracle, SAP, IBM, TOTVS, Synchro, Thomson Reuters, Fortes, Santa Catarina Informática, entre outros.
  • Indústria: Braskem, Gerdau, Usiminas, Vale, Volkswagen, Ford, Yamaha, Souza Cruz, Nestlé, 3M, Grendene, BRF.
  • Energia e petróleo: Petrobras, Vibra, Raízen, Cosern/Neoenergia, Repsol Sinopec.
  • Serviços financeiros: Banco do Brasil, Bradesco Consórcios, Itaú Vida e Previdência, Itaú Corretora.
  • Infraestrutura e transporte: Correios, Infraero, Azul Linhas Aéreas, Transpetro.
  • Saúde e farmacêutico: Eurofarma, Apsen.
  • Entidades de classe: FENAINFO e Sindicato Nacional da Construção Pesada.

Esse grupo mostra a intenção de testar a CBS em operações complexas, de alto volume e em setores estratégicos da economia.

Fonte: EXTRATO DE ADESÃO - EXTRATO DE ADESÃO - DOU - Imprensa Nacional

2º Grupo (agosto/2025) – 58 empresas

O segundo grupo, publicado no DOU em 15/08/2025, reforçou a diversidade e ampliou a representatividade setorial:

  • Grandes bancos e instituições financeiras: Bradesco, Itaú, Santander, Caixa, BNDES, Safra, Banco Votorantim, Banco do Nordeste, Citibank.
  • Indústria e energia: Ambev, ArcelorMittal, CSN, Cargill, Eletrobras, Cemig, Gerdau, Raízen, Suzano, Toyota, Stellantis, Shell, Neoenergia.
  • Telecomunicações e tecnologia: Telefônica, TIM, Google, Facebook, Linx, Inventti, Sovos, Supersoft, Benner, Decision IT, Deloitte, Arquivei, Olist, NDD Tech.
  • Saúde: Unimed BH, Unimed Campinas.
  • Comércio e varejo: Carrefour, Americanas, SCB Distribuidora.
  • Plataformas digitais e serviços online: iFood, 99, Meet Platform.

Esse 2º grupo introduz players globais de tecnologia, amplia a amostra industrial e fortalece a presença de telecom e energia, segmentos críticos para a CBS.

Fonte: EXTRATO DE ADESÃO - EXTRATO DE ADESÃO - DOU - Imprensa Nacional

Gráfico 1 - Distribuição geográfica das empresas aderentes ao piloto da RTC-CBS

  • SP concentra 55 empresas (≈51%), seguido por RJ com 19 (≈18%), MG e SC com 6 cada.
  • Principais polos: São Paulo (38), Rio de Janeiro (18), Brasília (5), Barueri e Belo Horizonte (4 cada).
Distribuição geográfica

Gráfico 2 - Atividades econômicas das empresas aderentes ao piloto da RTC-CBS

  • 65 setores distintos representados.
  • Destaque para TI (24 empresas; 22%) e serviços financeiros (13 empresas; 12%).
  • Indústria pesada (metalurgia, automotivo, alimentos, papel e celulose) fortalece a complexidade da amostra.
Atividades econômicas

Gráfico 3 - Natureza jurídica das empresas aderentes ao piloto da RTC-CBS

  • Sociedade Empresária Ltda. – 53 (49%).
  • Sociedades Anônimas (abertas + fechadas) – 42 (39%).
  • Complemento: empresas públicas, cooperativas e sociedades de economia mista.

Conclusão: próximos passos e desafios

A adesão dos dois primeiros grupos totalizando 108 empresas revela um ecossistema sólido: bancos, indústrias estratégicas, companhias de tecnologia, telecomunicações e plataformas digitais. Esse recorte é adequado para testar a CBS em cenários de alta complexidade, com grandes volumes de dados e operações interestaduais.

No entanto, o piloto ainda é concentrado em grandes corporações de Lucro Real, localizadas majoritariamente em SP e RJ. Para que a CBS seja validada em sua totalidade, será essencial que fases futuras incorporem:

  • Mais estados e cidades, refletindo a diversidade econômica regional do Brasil.
  • Empresas de Lucro Presumido e Simples Nacional, que representam a maioria do tecido empresarial, mas que ainda não estão incluídas nos testes.

Esse movimento garantiria que o piloto capture não apenas a realidade das multinacionais e grandes grupos econômicos, mas também os desafios de médias e pequenas empresas, que terão papel central na adaptação ao novo modelo tributário.

Da Teoria à Prática: Como Conduzir a Transição Tributária

A complexidade da Reforma Tributária não se resume à adequação de sistemas ou cumprimento de prazos: envolve repensar processos, redesenhar estratégias e alinhar toda a organização a um novo modelo fiscal.

A DGTAX, unindo robustez tributária e tecnologia aplicada, conduz empresas em uma jornada de adaptação estruturada, que vai do diagnóstico inicial à implementação prática, garantindo segurança, rastreabilidade e eficiência.

👉 Este é o momento de preparar sua organização para a transição com clareza, método e inteligência tributária.

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